quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Maiorca - Port de Soller e Sa Calobra

A segunda excursão chamava-se pomposamente "Volta à ilha"!...

Tinha planeado fazer a viagem no Tren de Soller, que é um comboio com mais de 100 anos que faz a viagem entre Palma e o pueblo de Soller, que por sua vez tem ligação a Port de Soller de eléctrico igualmente antigo, por isso, como esta suposta volta à ilha incluía a viagem no comboio, decidimos comprar, e no dia marcado lá fomos.
A guia era a mesma, e as histórias e piadas sobre Portugal eram iguais, contadas exactamente da mesma maneira...

A viagem de comboio foi muito gira, e vale a pena fazer.













O comboio faz uma paragem num miradouro com vista para Soller, e foi tudo  o que pudemos ver deste pueblo, que dizem ser muito bonito!!!





A viagem termina junto da estação dos eléctricos, onde seguiríamos até Port Soller em eléctricos que a guia dizia terem sido comprados a Portugal. E era verdade, são mesmo velhinhas e iguais aos que fazem o circuito praia das Maçãs - Sintra.




Mas também não nos deixaram visitar Port Soller!...
Apenas nos transportaram de eléctrico até ao embarcadoiro e nos meteram no ferry que segue para Sa Calobra!
40 minutos de ferry, com direito a muitos sacos para o enjoo!...
Port Soller também parece ser muito giro, mas se voltar à ilha, definitivamente que não vou embarcar em mais nenhum embuste destes, e seja de carro alugado ou de scooter alugada, a visita à ilha será por conta própria!....




Do barco avistam-se algumas enseadas e grutas que também prometem.


Quase a chegar, avista-se esta micro praia cheia de gente, e como o programa do dia também incluía um mergulho numa praia inesquecível, comecei a ficar preocupada! 
É que mesmo que aquela praia estivesse deserta, a quantidade de gente que seguia no ferry rapidamente a encheria, mas ela já estava bem cheia quando passámos!... 😞


Desembarcámos, fomos informados de que teríamos 2 horas por conta própria e avisados de que os preços nos 3 restaurantes da baía eram muito caros, e que um dos 3, o do hotel, era menos caro, por isso fomos para este último e compramos 2 sandes.



Depois de "almoçar", seguimos em direcção à tal praia.




O caminho é bonito, e para chegar à praia tem que se passar por uns túneis:






A água é transparente, e tem um colorido lindíssimo, e há vários iates ancorados e muitos banhistas.


Chega-se à praia pelo túnel:


E nem se consegue ver o mar, porque a praia que é minúscula. 
Fica entre 2 enormes falésias, novamente não tem areia mas sim seixos rolados de todos os tamanhos, e não é nada fácil andar, porque além de aleijarem queimam. Felizmente tive o bom senso de levar sapatos de ir ao banho. 😉



Conseguimos chegar à água para refrescar, mas foi mesmo só para refrescar, porque com tanta gente não dava para mais, e ainda por cima junto da margem a água é baça por causa do pó da pedra.

A praia é também a foz de um rio.


À hora combinada o autocarro veio buscar-nos, para nos levar por uma estrada sinuosa e muito estreita, onde só cabe um carro de cada vez, mas onde andam os tais muitos carros de aluguer que a funcionária da Soltour nos tinha dito que causavam o caos e a desgraça no trânsito da ilha!
A guia explicu-nos que nesta estrada, os autocarros têm horários certos para poderem circular, e que só podem circular num sentido em cada horário específico, e pudemos confirmar que de facto não é possível cruzar 2 autocarros na maior parte da extensão da mesma!
Também nos falou no chamado nó da gravata, que é um ponto em que a estrada passa por baixo de sim mesma, como se vê melhor na foto abaixo que está em exposição no restaurante:


E os engarrafamentos foram mais que muitos, a ponto de o nosso motorista ter sido obrigado a descer do posto de trabalho para ir por ordem nos carros e conseguir que os 3 autocarros em fila passassem!

E depois há uma passagem estreita semelhante à de Dinant, e também aqui surgiu aquela dica de que era a primeira vez que aquele motorista fazia esta passagem,... 
Acho que os guias andam todos na mesma escola, e têm todos o "mentirómetro "afinado pelo mesmo calibrador 😏

E deve ser mesmo fixe fazer esta estrada de mota 😉



Já perto do fim da viagem, uma perfeitamente evitável paragem à moda dos marroquinos, na loja que deve pagar comissão.....
A desculpa é a existência de um museu do calçado.




No resto dos dias tentámos tirar partido da praia, que foi afinal a desculpa para voar para as Baleares, mas as surpresas foram até ao último dia, como por exemplo aquela do all inclusive que não inclui o dia da saída, do transfer para o aeroporto num minibus, sem ar condicionado, e com um jogo de futebol aos berros no rádio estridente... 
Vou voltar, mas vou procurar alojamento mais para o norte, e talvez dê um saltinho à Menorca, mas seguramente que os passeios para conhecer a ilha vão ser por conta própria, porque a indústria do turismo na Maiorca é focada na extorsão ao turista, e não na satisfação do mesmo para regressar, como se verifica em toda a Espanha continental.
😉