quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Ainda em Punta Cana

A segunda excursão levava-nos para o meio do oceano.


Como eu sou um bocado claustrofóbica e como ainda por cima tenho medo de peixes! 😖 (sim, é mesmo verdade,  há quem tenha medo de peixes, e até tem nome, chama-se Ictiofobia, e a Wikipédia dedica-lhe um artigo) o Seaquarium Punta Cana era um passeio que não me seduzia, mas o marido tinha vontade de envergar o escafandro e descer ao fundo do mar, e como me propuseram uma opção com preço reduzido para acompanhante, resolvemos ir.

Mais uma vez o dia começa numa espécie de autocarro, e em nenhum dos que andei faltava a caixinha das gorjetas, mas esta vinha assinalada em vários "idiomas"... 😊


Já tínhamos reparado na quantidade surpreendente de autocarros escolares amarelos, daqueles que costumamos  ver nos filmes americanos, mas nessa altura ainda não sabíamos que em vez de transportar estudantes, estes transportam trabalhadores.


Deixaram-nos em mais uma praia lindíssima, onde embarcámos num catamarã.



Ao longo da costa vamos apreciando as lindíssimas praias desertas, com coqueiros até à linha de água.


E a bordo, a diversão e o álcool nunca faltaram, o que de resto foi uma constante durante toda a semana que estivemos por lá!


Nessa altura ainda não sabia, mas escolhi o ano da invasão das algas para ir conhecer a República Dominicana!
Na nossa praia, e nas praias próximas, todos os dias havia trabalhadores a recolher e enterrar na areia toneladas de algas, e como nunca lá tinha ido, assumi que era dessa forma que mantinham habitualmente aqueles areais branquinhos limpos, mas depois vim a descobrir que estavam a lutar contra uma invasão anormal de algas que não era mesmo nada habitual e que até foi notícia nos noticiários tugas!

Afastámo-nos da costa, e no meio do mar existem imensas estruturas fixas para a prática de diversas actividades, e o "aquário" onde iriam desenvolver-se as actividades do dia era numa dessas estruturas.


O os escafandros já lá estavam perfilados à nossa espera.  



Ele adorou!

Eu fiquei a "controlar" as mangueiras do oxigénio cá em cima, e á espera de o ver emergir para captar o momento, mas chamaram as pulseiras da minha cor, e fui ver para o quê.


No momento do embarque, tinham sido distribuídas pulseiras de várias cores, porque o passeio tinha várias variantes: Tinha os que iam descer de escafandro, os que só iam fazer snorkeling, e os que só iam acompanhar, e eu pensava que a minha pulseira era deste último grupo. Até tinha comentado com o marido que era capaz de fazer snorkeling, porque como era ali em mar aberto, podia fugir dos peixes, e nessa altura descobri que a minha pulseira incluía mesmo snorkeling! 
Ainda bem que não sabia, porque se soubesse, teria comprado o bilhete da outra pulseira, a de acompanhante apenas, e assim acabei por enfiar a máscara de snorkeling, e gostei tanto que repeti!

Claro que por causa disso, não há foto do escafandrista 


Deixámos para trás aquela estrutura, e dirigi-mo-nos para outra.
Pelo caminho, mais paisagens deliciosas, mais álcool, e mais diversão...










Não sei se é deliberado, ou se é casual, mas existem imensos navios afundados, e semi-afundados que dão uma aspecto pitoresco ao passeio. 
Inclusivamente no sítio onde andei a fazer o snorkeling havia um submarino em decomposição.


A segunda paragem foi noutro "aquário", onde novamente colocámos as máscaras de snorkeling, e mergulhámos numa área delimitada por redes no meio do mar - um aquário - onde além de dezenas de peixes coloridos haviam raias gigantes e até um tubarão! 😱
De seguida tivemos direito a uma beijoca de leão marinho (não vale rir).


O tubarão estava a dormir, escondido nas redes:

As Raias eram menos envergonhadas: 

E eis a prova de que andei no meio dos peixes!




No fim ainda uma paragem mais, apenas para drinks nomeio do oceano, e regresso a casa, a tempo de almoçar e seguir para a árdua tarefa de escolher em qual das 5 piscinas ou praia passar o resto da tarde!.



No dia seguinte, o último passeio começa com mais uma viagem de autocarro que nos permite ver um pouco da RD real, que é bem diferente do resort, e foi nessa viagem que entre outras coisas aprendemos que os autocarros escolares eram na realidade o transporte usado para levar os trabalhadores para as plantações e fábricas.

Alguns no entanto têm transporte próprio, e este é o capacete típico da RD... 😂😎



O destino desta vez era perto, e o objectivo era um fabuloso mergulho nas águas turquesa e cristalinas do cenote do Scape Park -  o Hoyo Azul

Para lá chegar espera-nos uma pequena caminhada através do parque, e no fim, o lugar de melhor mergulho de toda a minha vida que até então era ocupado pela cascata da Portela do Homem no Gerês, foi destronado por este:



Fui a primeira a mergulhar e a última a sair!
Tem 12 metros de profundidade, mas dá para contar as pedras do fundo, de tão cristalina que é a água.

Regressámos ao resort, e passámos o resto da semana na árdua tarefa de ir alternando entre a praia, as 5 piscinas, o teatro, os bares e restaurantes, e o belíssimo quarto.






Mas como tudo o que é bom acaba depressa, chegou o dia de dizer adeus, enfrentar a burocracia, e as 8 horas e meia de voo.






O problema é que agora todas as águas do mar nos parecem frias!...

2019 se puder, volto à RD, mas desta vez vamos para Samaná 😉