segunda-feira, 30 de outubro de 2017

De volta a Andorra


Deixámos Lourdes e embrenhamos-nos nas paisagens rurais de França, e cedo começámos a subir.




Parámos para almoçar mesmo a tempo de escapar a um dilúvio acompanhado de trovoada, mas não foi fácil!
Aconteceu-nos várias vezes em França chegar à hora do encerramento, mas desta vez foi demais! Eram 13:23 quando parámos no único restaurante que avistámos em mais de uma hora, e nem reparámos que no cartaz da ementa dizia que o almoço era até ás 13:20... 
Levámos mais uma vez com a simpática resposta padrão "je suis désolé, on devient de fermé"... seguimos caminho, mas felizmente imediatamente antes de a trovoada desabar sobre nós, encontramos este local onde o cozinheiro apesar da hora ainda aceitou nos atender.
Mal acabámos de nos sentar, ficou de noite, e caiu um verdadeiro diluvio! 😱






E á entrada de Andorra, a tradicional paragem para foto junto da cascata!

Já lá paro há mais de 26 anos, mas só desta vez fiquei a saber que a cascata tem nome! para mim era apenas a cascata à entrada de Andorra 😁



Chegámos já noite e fomos jantar, e claro que o empregado do restaurante era Português! 
Perguntou-nos de onde vínhamos, para onde íamos, e quando dissemos por onde pretendíamos seguir viagem, fartou-se de nos recomendar que escolhêssemos outra estrada porque aquela era perigosíssima, cheia de curvas, e ainda por cima a descer era uma autêntica "estrada da morte"!
Fomos dormir, mas decidimos logo ficar um dia para fazer umas comprinhas.


No dia seguinte saímos logo de manhã para dar uma volta pela cidade. Gostei do design dos semáforos! 


O vermelho é estático, mas o verde anda 😊





Não parece, mas é uma fonte:




E uma coisa que me lembro de todas as passagens por lá, é que há sempre obras em curso!





quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Lourdes

Dormimos em Poitiers com um calor sufocante, e de manhã saímos em direcção a Lourdes, sempre com temperaturas que nos obrigavam a parar para encharcar por dentro e por fora.

Lourdes não era propriamente um destino que me despertasse interesse, mas ficava em caminho, e era necessário fazer uma paragem antes de abordar os Pirenéus, por isso,... porque não?

A primeira dificuldade que encontrámos em foi logo o estacionamento! até para motas é complicado, e nunca em viagem tínhamos deixado as motas tão longe do hotel.

Depois das formalidades e do estacionamento, fomos à procura de jantar, e fomos ver um pouco da vila.








Uma curiosidade que nunca tinha encontrado em nenhum outro lugar são os sinais reversíveis!



A necessidade do momento dita qual o sentido de circulação das ruas, e por todo lado há sinais destes.

Descemos ao Santuário.
Quem me conhece sabe que tenho um imenso respeito pela fé, e sobretudo pelas pessoas que se entregam à mesma, mas pessoalmente não gosto de nada que esteja relacionado com religiões, e quando a religião é a católica, ainda gosto menos, provavelmente porque estudei em colégio de freiras e vi demasiado cedo coisas que nem na idade adulta se deveriam ver, ou talvez simplesmente porque não,... A verdade é que nunca me sinto confortável em locais de culto.
Lourdes não foi excepção, e única diferença que encontrei relativamente a Fátima, foi que pelo menos em Lourdes a arquitectura vale a visita!
O resto,... o comércio da fé,... as caixas de esmolas,... as figuras dos crentes,.. em nada difere de Fátima.



Vende-se tudo! desde água da gruta, até ao ar de Lourdes engarrafado!...

E claro, caixas de "recolha de donativos" de todos os tamanhos e feitios espalhadas por todo lado...









Não fotografei por respeito, mas na gruta eram várias as pessoas que se esfregavam nas paredes onde escorre a água!





Do  outro lado do rio, o chão está quente, escorrega, cola, e o cheiro a cera é sufocante!

A "rua" dos queimódromos parece uma rua de barraquinhas de venda.


Uma irmã moderna, e com bom gosto na escolha do calçado! 😉



O negócio da fé está em todo lado...



E à saída,... não há como esquecer...