Para este dia, a única coisa que tínhamos no plano era um almoço com a prima Teresa, por isso ficámos até mais tarde pelas Corgas e andei por lá a matar saudades...
A casa grande no largo da Igreja, acho que era de um irmão do meu avô, e ao lado, a casa do povo.
E claro, a Igreja.
A bica no largo, junto da casa da Alda, que recebe água da mina.

Uma vez o meu marido decidiu entrar com uma Ford Mondeo SW nas
Corgas!
Foi preciso segurar os espelhos fechados enquanto passava na parte mais estreita, mas mesmo assim não saiu ilesa ;-)
A aldeia nunca teve muita gente, mas agora está deserta!
Falta a prima piedade, a única que tinha um telefone.
…e falta a Alda que sempre nos recebia à chegada com aquele
sorriso que é impossível esquecer.
Agora há gatos por todo o lado, e gente,… muito pouca.
Passei muitas férias nesta casa, que era do meu avô, mas há 20 anos a família decidiu desfazer-se dela, com grande pena minha.
Nas traseiras, ao lado da escada que dá acesso ás "lojas", passava um canal de rega, onde os meus pais, os meus avós, primos, tios, empregada, etc,... passavam horas a fazer barquinhos de papel que navegavam até lá abaixo, tudo só para ver se conseguiam fazer-me engolir alguma comida!
Aliás, o estado do alpendre, onde outras vezes colocavam um alguidar para brincar, ficava assim durante as minhas refeições :-O
Continua a ser a casa mais bonita da aldeia, mas era inevitável. A distância, a falta de recursos e sobretudo
a falta de disponibilidade para lá ir tantas vezes quantas as que uma casa com
muitos anos precisa para se manter habitável, determinou a venda.
Trouxe comigo um móvel que ainda hoje conservo.
Este ano tive o privilégio de lá voltar, e de matar saudades não só visitando, mas também “vivendo” uma semana na casa que agora pertence a um casal que soube restaura-la com muito gosto.
Mantiveram o essencial, e por fora na fachada principal, a única diferença que salta à vista é o pequeno telhado em cima da porta, que não existia, e a falta do banco e da mesa onde se sentava o meu avô, mas só mesmo uma memória sólida e algumas fotos antigas deixam perceber que não esteve sempre ali.
Por dentro, está tão diferente, mas tão igual!
De todo o lado se avista Pomares.
Está linda! Adorei o trabalho que foi feito, e ainda
mais adorei conhecer um pouco dos donos, que ainda não tive o privilégio
de conhecer pessoalmente, mas que são muito queridos por todos na terra. Todos os conhecem,
e todos falam deles com carinho e admiração, e é fácil perceber porquê.
A eles, o meu obrigado por uma semana esplêndida!
Fazem jus ao azulejo que o meu avô tinha á entrada, e que eles mantiveram :-)
Fazem jus ao azulejo que o meu avô tinha á entrada, e que eles mantiveram :-)
O resto da aldeia, está na mesma, apenas com a diferença de que há mais casas com o xisto escondido, e algumas construções novas.
Notam-se também algumas infra-estruturas novas, como o caminho da fonte e a fonte, alguns
pequenos luxos, mas apesar de agora a água ser canalizada para toda a aldeia, o depósito
construído pelo meu avô que recebia a água da mina dele, continua em serviço.
A fonte, há 48 era assim:

A prima Piedade,... que saudades!

Saímos para almoçar.
A Teresinha,... lembro-me dela como se fosse hoje!
Era franzina, e com uns enorme olhos azuis, e não me lembro
de ouvir uma única palavra da boca dela!
Andava pela aldeia sozinha, até porque na aldeia havia
apenas 2 crianças: a Teresa e irmão mais velho, o Zé, que já tinha outras
atribuições, e interesses, e o resto do povo, andava na lida, no amanho da
terra, no cuidado dos animais.
Depois de muitos anos sem saber nada dela, encontrei-a no facebook! Nem sei como, seguramente a pesquisar alguma coisa relacionada com as Corgas, mas assim que vi a foto, reconheci-a de imediato!
Depois de muitos anos sem saber nada dela, encontrei-a no facebook! Nem sei como, seguramente a pesquisar alguma coisa relacionada com as Corgas, mas assim que vi a foto, reconheci-a de imediato!
É igual à mãe, a Alda!
Como tinha ficado combinado na véspera, fomos até Alvoco das Várzeas onde almoçámos com ela e com Lourenço, e depois de almoço fomos até á praia fluvial de Alvoco,
onde ficámos a pôr a conversa em dia.
Demorámos uma eternidade a lá chegar, vá lá saber-se porquê...
;-)

Até pelo Alentejo passámos ;-)



Demorámos uma eternidade a lá chegar, vá lá saber-se porquê...
;-)


Até pelo Alentejo passámos ;-)
É impossível andar por ali com pressa! por todo o lado apetece parar, admirar, absorver, registar, e no meu caso, recordar!




Depois de almoço fomos até á praia fluvial de Alvoco.
Por sugestão do Zé, o pai do Lourenço, fomos conhecer o Poço
da Broca, e apesar de durante estas férias ter passado por locais
deslumbrantes, este deixou-me perplexa!
Não conhecia! Como é possível não conhecer um paraíso destes
ali mesmo ao pé!
Mas era tarde, o São Pedro tinha-nos encontrado, e já nos cobria de nuvens, por isso nem fomos a banhos, e saímos á procura do
jantar.
Pelo caminho passamos pela Aldeia das 10, mas já chovia, por
isso a visita ficou agendada para o dia seguinte.
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