sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Maiorca - Magaluf e o Hotel....

Com uma semana de férias no meio do mês de Agosto e sem saber o que fazer dela, demos connosco com viagem marcada para a ilha de Maiorca. Era um destino que andava "on and off" nas nossas agendas, mas nada fazia prever que tivesse chegado a altura. 
Assim, à ultima hora o destino possível foi Magaluf, bem conhecido pela confusão de teenagers britânicos etilizados e muito ruído nocturno, mas como o plano era alternar praia com piscina, e dormir muito, não nos pareceu que fosse problema.
O hotel foi o Sol House The Studio - Calvia Beach, do grupo Meliá. Lemos os comentários, vimos as fotos,... e no checkin pedimos um quarto "tranquilo". Olharam para a nossa idade, e deixaram-nos à vontade, propondo a troca para outro dos 3 hotéis do grupo que existem na praia, caso fossemos incomodados pelo ruído dos putos, e à cautela, alojaram-nos no último andar.
Nunca aconteceu! O 9º andar é tranquilo, e aquilo que era o maior receio tanto no alojamento como na cidade, não nos incomodou,... mas afinal Magluf e o Sol House The Studio tinham outros "senãos" que não estavam descritos nos comentários, ou se calhar até estavam, nós é que não os soubemos ler...

O nosso quarto tinha vista para o hotel Samos, que eu por acaso tinha lido que era o mais utilizado pelos tugas em Magaluf, e agora percebo porquê!

Ao contrário do nosso, este tem piscina de tamanho a condizer com o hotel, fartura de espreguiçadeira e sombras,... etc.
Pelo contrário, no nosso hotel, a piscina tinha as dimensões adequadas a cerca de 1 terço do numero de utentes; as espreguiçadeira, poderiam ser suficientes para cerca de um quinto dos utentes, mas como metade estava rota ou partida, nem para isso davam; os chapéus de sol então, eram meia dúzia e dessa meia dúzia só 3 funcionavam.
No primeiro dia, ainda tive a ilusão de conseguiria usar a piscina. Vi um chapéu de sol fechado, e sem ninguém, com uma espreguiçadeira livre, e tentei abri-lo, mas não se mantinha aberto. fui ter com o "piscinero", ele olhou para mim com um ar de grande enfado, e disse-me simplesmente: "cambia con otro!..."
Sim, era eu que teria que encontrar um funcional, e fazer a troca, apesar de serem bem grandes e pesados...
Encontrei um, arrastei-o até ao lugar, retirei o outro e deixei-o no chão (afinal aquilo não estava ali a fazer nada mesmo!), abri-o mas também não funcionava... Então tentei deitar-me na espreguiçadeira, mas a traseira simplesmente caiu!... era uma das estragadas...
Fomos tentar a sorte na piscina do solário, e aqui, o chapéu de sol mantinha-se aberto, mas a cadeira era igual à primeira, e a piscina,... bem a piscina que é bem pequena tinha o aspirador esquecido lá dentro, com o cabo caído dentro de água a ocupar metade da area. Como na meia hora seguinte ninguém apareceu para aspirar a ou retirar o aspirador, agarramos nele e atirámos borda fora!. lá ficou esquecido o resto do dia!....

Não voltámos a frequentar nenhuma das 2 piscinas.

Fomos almoçar. A escolha era entre hambúrgueres queimados ou hambúrgueres queimados, e como acompanhamento, arrôs sem qualquer tipo de tempero, massa igualmente sem qualquer tipo de tempero, e alguns molhos...

Felizmente o pequeno almoço e o jantar eram bem melhores, senão teríamos voltado bem mais elegantes, ou muito mais pobres...

De tarde fomos fazer o reconhecimento. Muitas lojas, e bares, sempre com bastante música, e tirando a casa ao contrário do Katmandu park, não havia nada mais de interessante, pelo que seguimos para a praia.



Achamos engraçados estes prédios esguios e altos, e havia vários assim.


No primeiro dia a água estava assim, com esta cor de Caraíbas, mas no resto da semana tinha mais cor de praia de Carcavelos, só que mais quentinha 😊



Um dos 3 hotéis do grupo tinha uma piscina de vidro no roof top, e como o grupo tem a política de "stay in one play in all" claro que  fomos experimentar 😉


É estranhíssimo nadar e ver as pessoas lá em baixo na rua através do vidro, e a vista era magnífica!




A entrada do nosso hotel:


Vê-se muito em Espanha, os edifícios construídos de forma a "não incomodar" as árvores. Cá não haveria dúvidas em derrubar a árvore, infelizmente.

A vista nocturna da cidade é igualmente desinteressante:



Ao fim de 2 noites estava claro que lá no 9º andar nada nos incomodava, e depois de visitar os outros 2 hotéis do grupo, não pareceu que valesse a pena pedir a troca.

O nosso era mesmo muito fraco. Fomos com um TI (tudo incluído), e surpresa!... o bar estava vazio!

Mas não foi a única surpresa!...

Pedi uma garrafa para levar para o quarto, pediram-me 2,50 €!... mostrei a pulseira do "all inclusive", e prontamente me deram um copo de água da torneira...

Como há dezenas de lojas à volta do hotel, fui comprar uma por 0,60 €, e pensei que passaria a encher no self service, onde havia água de garrafão. Enganei-me! lá estava o funcionário para esclarecer que não era permitido!....

Mas a surpresa maior no "assunto água" ainda estava para vir...

No dia seguinte fomos passear a Palma, e voltámos tarde, pelo que passámos pela loja, compramos 2 garrafas de água e fomos jantar, só que uma das funcionárias do self service veio muito rapidamente ter comigo e mandou-me tirar a garrafa da mesa porque não era permitido!...

Enfim, pelo que fui vendo, a hotelaria em Magaluf, e parece-me que em toda a ilha não é muito diferente, é muito fraquinha. Senti-me recuar 20 anos, e foi como se estivesse de volta a Albufeira a ouvir dizer que criança não pode ocupar lugar à mesa porque não consome...
Ao longo da semana as semelhanças com esse Algarve que deixei de consumir há mais de 20 anos foram muitas, e para nós que conhecemos bem a hotelaria Espanhola continental foi um grande balde de água fria, e acima de tudo um contraste abismal com imensa simpatia do pessoal da ilha do Sal onde estivemos em Maio.
Mas noutros capítulos contarei mais alguma pérolas 😉

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