... dei-lhe e voltei para a cama, e 5 minutos depois estava eu também a tomar!
Tinha que ser, há que manter as tradições,....
Foi uma noite agitada, mas enquanto a filhota acordou melhor, eu fui sempre piorando, e de manhã a coisa estava grave. Tínhamos que desocupar o quarto até ao meio dia, e um transfer para Varadero às 14:00, mas como os wc do lobby estavam sempre em muito mau estado de conservação e higiene, fui pedir para nos deixarem estar mais uma hora no quarto, o que acederam sem problema. Entretanto, como a minha situação era grave, accionei o seguro de viagem, e falei com a médica do hotel, que me indicou um medicamento para aliviar a desidratação, e escreveu em espanhol de Cuba os nomes dos alimentos para pedir no refeitório, só que não havia nada, nem sequer um iogurte natural!... comi uma fatia de "fruta bomba", que é o nome da papaia em Cuba, e jejuei o resto do dia.
Por volta das 14:30 saímos de Havana, e fizemos a difícil viagem de cerca de 5 horas de autocarro até Varadero.
Avisei o guia da minha condição, e ficou combinado que além da paragem prevista a meio da viagem, o autocarro (cheio com cerca de 50 passageiros) faria as paragens que fosse necessário. O nosso resort era o último de todos, e só lá chegámos por volta das 20:00 horas, mas consegui só fazer o autocarro parar de urgência uma vez!
Fizemos o checkin, marcámos um taxi para daí a cerca de uma hora, fomos jantar (nessa noite havia bife de frango grelhado, e arroz branco, pelo que consegui comer um minúsculo bife e uma colher de arroz seco), e logo de seguida eu e o marido fomos conhecer a clínica Internacional de Varadero! fiquei 3 horas a soro, fui medicada, dormi o tempo todo, e regressámos para o resort.
No dia seguinte tínhamos o último tour, que seria novamente feito num carro antigo, e consistia de cerca de 600 km para visitar Santa Clara, Trinidad e Cienfuegs.
Eu acordei bem melhor do que na véspera, apesar de ainda ter alguma idas urgentes ao wc, mas infelizmente a filhota que estava bem na véspera, acordou a vomitar 😒
Como queríamos mesmo conhecer um bocadinho de Cuba, resolvemos seguir em frente, e o pessoal do Boris em Varadero é 5 estrelas, e até nos recompormos fizeram imensas paragens, o que estendeu um bocado a viagem, mas tornou-a possível.
O nosso veículo:
A primeira paragem foi em Santa Clara.
E seguimos viagem. Por toda a ilha as mensagens políticas são uma constante!
Como o dia já ia longo, fizemos uma paragem para comer alguma coisa numa casa de grelhados, e os rapazes conseguiram-nos um desconto porque nós duas não conseguíamos comer grande coisa.
O descanso do motorista:
E depois de almoço seguimos para Trinidad.
Os carros ficam á porta, e é uma vila claramente dedicada ao turismo, mas é sem dúvida muito bonita.
Claro que não podia faltar... 😄
O produto nacional anda por todo lado :
E a caminho do último destino do dia, mais uma paragem de serviço, e o taxista cá e casa quis fazer o gostinho ao dedo 😁
Em cada paragem para abastecer víamos os rapazes sair da loja com uma quantidade surreal de 1 produto. Uma vez foram garrafas de óleo tipo Fula, outra vez eram rolos de papel higiénico, e a curiosidade venceu, e perguntámos porquê, mas confesso que não estava à espera da resposta: Quando há,... temos que aproveitar, porque podem passar muitos meses até voltar a haver!...
Julgava que era exclusivo de Havana, mas afinal também há uma Copélia em Cienfuegos!
Chegámos já com o sol a desaparecer, pelo que não perdi tempo e fui fotografar o que ainda era possível.
Chegámos ao Resort já noite, mas ainda conseguimos jantar, e quando abrimos a porta do quarto apanhámos um valente susto!
Em cima da cama, esculpido com o cobertor esperava por nós um monstro 😂
Passámos o dia seguinte no relax que bem estávamos a precisar.
E mais uma vez, no quarto esperava-nos uma obra de arte!
É uma característica dos Cubanos! todos têm veia artística, e expressam-na das mais variadas formas.
Na casa de banho:
à noite assistimos a um concerto Rock.
No dia seguinte tínhamos que desocupar o quarto logo de manhã apesar de o voo de regresso ser só quase à meia noite, pelo que assim fizemos, mas não sem deixar também uma surpresa para as raparigas da limpeza:
E o dia foi passado no relax, na praia sem nenhuma preocupação, e já com as duas recuperadas das maleitas dos dias anteriores.
Até que aquela maldita hora em que tudo termina e é preciso iniciar o regresso chegou como sempre depressa demais.
Saímos do hotel com a mala grande já só com 2 rodas boas, uma colada com fita cola, e outra a soltar-se, e chegámos a Lisboa com ela neste estado:
E a mala pequena, que era nova e estava apenas a fazer a sua segunda viagem, chegou neste estado, que nos valeu um grande susto porque esta foi claramente aberta para "inspecção":
Lá perdemos mais uma hora para registar o incidente e confirmar que não faltava nada, mas afinal, qual seria o interesse de uma viagem sem estas trapalhadas para apimentar as coisas?
Largámos as malas em casa, e uma hora depois, seguimos para a passagem de ano no já nosso bem conhecido "Charneca Resort" e entrámos no ano novo com o pé direito e muita animação.
Nesta altura, depois de 3 meses sem vadiar, e em contexto de isolamento doméstico por conta do Covid 19, ver novamente estas imagens torna ainda mais difícil pensar em quando poderemos voltar a vadiar...
PS: Não foi fácil, mas a Ibéria depois de muita insistência substituiu as 2 malas por malas novas.
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