terça-feira, 19 de julho de 2016

Marrocos - Ouartazate a Marraquexe

Deixámos Ouarzazate, e tínhamos pela frente um dia cheio!
À beira da estrada, "lojas" de todo o tipo,...

Camelos,...






Fomos espreitar Ait Ben Haddou, que serviu de cenário a alguns filmes bem conhecidos como Lawrence da Arábia, A Múmia, Gladiador, etc.
É uma povoação engraçada, como tantas outras que passamos, que se confunde com a paisagem, porque é construída em adobe, que assume sempre as cores do locais, porque o material (lama e palha) são recolhidos no próprio local de construção.
Está mais ou menos abandonada, e já só lá vivem meia dúzia de famílias, mas continua a ser muito bonita, e diferente, porque basicamente não há casas, mas apenas kasbahs, que são uma espécie de pequenas fortalezas. 
Quando nos dirigíamos para lá aconteceu uma coisa engraçada: A estrada, como tantas outras, estava em muito mau estado, a dado momento parámos para eu tirar fotos, e ía a passar um rapaz a quem o marido aproveitou para perguntar se valia a pena continuar. O rapaz reconheceu-nos logo, pois na véspera tínhamos lhe comprado uma mini tagine para trazer de recordação!
Ele trabalhava de dia a vender na berma da estrada, e á noite trabalhava numa pequena loja em Ouarzazate. Recomendou-nos a não continuar, porque o que havia para ver estava ali, e a estrada piorava muito, não sendo recomendável para as nossas motas, e quando um marroquino nos diz isto,... eles passam em todo o lado com as scooters,... por isso achamos melhor confiar nele ;-)












Uma pilha de "tijolos" pronta para construir ou reconstruir :-)





Um dos locais de extracção da matéria prima para a construção:


E claro, pelas bermas íamos passando por grandes cargas...


O caminho era duro :-O





A seguir, começámos a subir o Atlas!
Parámos para um chichi e um café no Col du Trichka que fica a 2260 metros de altitude, no local onde quase todos os viajantes param, e estava cheio de holandeses de auto-caravana!


Fomos logo cercados de marroquinos das lojas, e apesar de até estar avisada, não tinha levado nada para oferecer.
Este em particular foi muito insistente, e conseguiu arrancar ao marido a única caneta que ele tinha, com a promessa de lhe dar alguma coisa em troca, e só assim nos largou para podermos subir ao café e usar o wc!


O café e as diversas bebidas à base de café eram excelentes em todo o lado!




O Horácio tinha lá deixado um tóculante do Moto clube de Albufeira, mas só conseguimos encontrar o de Loulé.


Claro que lá deixámos o nosso!



Fomos cobrar a troca da caneta, mas já se tinha esquecido, e não queria dar nada! A muito custo, lá nos deu uma pedrita...




Seguimos viagem.
Mais "lojas"...


Mais cargas impossíveis...



Mais "alcatrão de boa qualidade"...

A D. Paula Santos, que é uma agente de viagens que já organizou dezenas de viagens por Marrocos, avisou-nos que com motas costuma fazer ao contrário do que nós fizemos, porque com as motas não arrisca fazer a parte em obras a descer mas nós teríamos que inverter todo trajecto, e decidimos não mudar nada, pelo que fizemos a descida do Atlas pelo lado em obras!















Foi uma boa injecção de adrenalina, e a OLga veio quase sempre em "modo de segurança" mas correu bem e foi muito divertido!.





e lá vinha mais uma carga...

E mais uma povoação que se confunde com a paisagem...



Parámos para almoçar num local onde aparentemente também muitos viajantes param, pois os tóculantes eram muitos!




Tinha uma vista fabulosa!


Variámos a ementa... pão, azeitonas e omeletes!


E juntámos mais um tóculante ao que já lá estavam.



A chegada a Marraquexe foi um pouco confusa!
Apesar de até nem ter razão para recear, a verdade é que não me atrevi a entrar na cidade mais comercial de Marrocos com o telemóvel montado na mota, e por isso andámos ás voltas, no meio da confusão e das obras, e acabamos mesmo por entrar inadvertidamente na medina, onde não é suposto circularem veículos a motor, mas onde todos os veículos que cabem, entram!

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