quinta-feira, 14 de julho de 2016

Marrocos - Ouarzazate

Nesta zona, continua a ser o veículo mais utilizado pelos marroquinos!
Enquanto tomamos o pequeno almoço na esplanada do hotel, vamo-los vendo passar com cargas que assustam só de ver, e vêm-se famílias inteiras, com os filhos intercalados entre os adultos, que nos deixa a pensar que a ideia de segurança ali é muito diferente da nossa.





Saímos sem pressa, e andámos a passear livremente pela cidade, à procura da medina.
Encontrámos um centro comercial marroquino, parecido a com alguns dos mais antigos que temos por cá.


Conhecemos o largo da povoação,  e a rua onde se concentram as lojas.
 


E chegámos à muralha da medina, mas em vez de entrar, fomos espreitar um Kasbah.
Enquanto estávamos a olhar, a tentar perceber se se pagava, somos logo rodeados por uma série de "...guias", e um deles dá-nos logo o preço com e sem guia.
Aceitámos o preço com guia, e ele mesmo comprou os bilhetes.


Entrámos no Kasbah, e por diversas vezes me pareceu que estava em Coimbra, no portugal dos pequeninos, e o guia perante a nossa perplexidade, explicava que os berbere eram muito pequenos.







Também não fixei o nome dele, mas posso garantir que não era Mohamed ;-)




Era simpático como todos, e explicava tudo numa mistura de espanglofancês que por vezes era difícil de entender, e não se podia chegar muito perto dele, porque estava calor, e o cheiro do tabaco misturava-se com a falta de banho :-O









Nas paredes, pedaços do Alcorão:


Das janelas avistava-se um pouco do oásis, e tínhamos visto no mapa que havia um lago, mas ele explicou-nos que nesta altura estava seco, pelo que abandonámos a ideia de o ir espreitar.







O rapaz que se vê ao fundo era um artesão berbere, que além dos quadros que se vê expostos, estava a fazer (e a vender) fios e pulseiras muito bonitos, e decidi comprar um, quanto mais não fosse porque foi o primeiro marroquino que não tentou vender-me nada!
O guia não achou muita graça, certamente porque nesta venda não tinha comissão...


A visita incluía uma passagem pela medina, por isso saímos do Kasbah, mas antes de nos embrenharmos no labirinto da medina, lá tivemos que passar pela loja onde ele tinha "propina"...









Por acaso era uma loja muito bonita, mas desta vez conseguimos não nos demorar muito! valeu a experiência entretanto adquirida, e enquanto o marido respondia com uma "versão adaptada" da nossa realidade às perguntas dos vendedores:
"filhos,... sim, temos 6"... "viemos de mota, e não há espaço para nada"... "nem tenho dinheiro,... olha só estes 10 euritos e têm que dar para o almoço"...
Eu lembrei-me que sou asmática, e alérgica a tapetes, o que até é mesmo verdade, mas claro que não de forma tão dramática como a que demonstrei enquanto muito aflita procurava na mala a bomba do ventilan...
Fiz uma nota mental para mim mesma: não esquecer de colocar na mala a bomba para ocasiões destas.






Outra loja onde o nosso guia tinha comissão:



Estendal bem original:


A construção é maioritariamente em adobe.
Aliás, o kasbah que visitámos era também todo ele construído em adobe, e por falta de manutenção tinha já grandes áreas destruídas mas a maioria tinha sido reconstruída.


Era hora de almoço, e o guia tentou impingir-nos um restaurante, mas era caríssimo, e recorrendo a mais um estratagema, fruto da experiência entretanto adquirida, lembrei-me de perguntar se tinham wifi!
Não tinham, e dizendo que precisávamos mesmo de comunicar, fomos à procura de outro local para almoçar.
Lá saiu mais uma tagine de legumes para mim, e uma brocheta de frango para ele...
Depois de almoço fomos visitar um dos estúdios de cinema de Ouarzazate.
Existem dois, e são mesmo ao pé um do outro o CLA e o ATLAS, mas o calor era tanto que decidimos que um seria suficiente, e optámos pelo ATLAS, ou melhor, o taxista que nos levou até lá, escolheu por nós.
Aqui se rodaram filmes famosos como a múmia ou a missão impossível.





Pela frente parece mesmo uma aldeia do oeste, dos filmes de cowboys, mas pela parte de trás...
Aqui o guia estava incluído no preço do bilhete, calhou-nos mais um Hassan, e aqui não havia vendedores :-)


Parece os nossos políticos! 
É só fachada!...



É tudo falso! o que não é de esferovite, é de fibra de vidro, ou de papel, como no caso abaixo:









Há muito material em restauro, não só para as visitas dos turistas, mas também porque os estúdios estão activos, e continuam a servir de cenário para filmes novos.



A visão traseira:




Até as teias de aranha são falsas :-)
 

Á noite fomos jantar ao largo da cidade, e havia festa! 
Pedimos uma pizza, na ânsia de comer algo mais europeu, mas pizza com ingredientes marroquinos é um desconsolo.



Depois de jantar fomos dar uma volta pelas lojas, pois com o medo que ganhamos de pedir preços, ainda não tínhamos comprado quase nada, e eu tinha lido na página da Rita Leitão, que foi mais uma das minhas "bíblias" nesta viagem, que havia uma loja, chamada Rabab que tinha os preços marcados, e fomos à procura.









E cá está! era verdade :-)


Voltamos ao hotel. 
Este era engraçado. também coincidiu com a escolha do MSP na viagem que nos serviu de guia, e embora o quarto não fosse fantástico, e o duche servido em água fria, tinha boas áreas para planeamento em grupo de viagens.


E o estacionamento das motas era original! desviou-se umas quantas mesas da esplanada, e voilá! 



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